Estudos apontam que, no Brasil, em média, 2,6 kg de chocolate são consumidos por pessoa/ano
Por Carol Amorim - Algo Mais Consultoria e Assessoria
Nesta quinta-feira, 7, é comemorado o Dia do Chocolate, iguaria que faz sucesso em diversos paladares, principalmente, nos dos brasileiros. No país, o produto é sucesso no mercado, já que estudos apontam que em média 2,6 kg de chocolate são consumidos por pessoa/ano e que a indústria do chocolate obteve crescimento de 44% em 2021. Nutricionista conta que o alimento costuma ser mais desejado em dias frios, mas que, diante da variedade de produtos e da quantidade de açúcar e gordura, é importante pensar no consumo consciente.
De acordo com Danielle Alice, nutricionista e docente do curso de Nutrição da Unit/AL, alimentos doces costumam ser mais desejados em dias frios e no inverno. Ela conta que isso acontece devido a busca do corpo humano por mais energia e por outras conexões fisiológicas.
“No inverno e em dias frios, o nosso corpo acaba tendo um desgaste energético maior para produzir calor e nos resguardar dessa sensação de frio, manter a sensação térmica dentro do que é adequado para o corpo humano. E aí, por gastar mais, há uma procura maior por energia. Além disso, diversas conexões fisiológicas fazem com que o nosso cérebro prefira não apenas o que tem mais caloria, mas o que tem mais caloria de forma palatável, que são esses produtos que têm mais açúcar e gordura, que também são alimentos reconfortantes", explica.
Ela ainda aponta que, por ser um produto que vem do cacau, o chocolate é rico em compostos bioativos, que são substâncias que contribuem com a saúde. No caso do cacau, ele é descrito como um alimento cardioprotetor e que promove bem estar por ser fonte de açúcar. Mas, apesar dos benefícios, o tipo do chocolate, a frequência e a quantidade no consumo, podem ser prejudiciais à saúde.
“Alguns chocolates vão ter em sua composição adição de gordura do tipo trans, que é uma gordura extremamente desaconselhada e alguns vão receber a classificação de acordo com a concentração de cacau. E aí, naturalmente, quanto menos cacau, menos o indivíduo irá usufruir dos benefícios. Também, em geral, os chocolates têm uma densidade calórica alta. Então, no contexto dos que têm sobrepeso ou obesidade, há um efeito negativo ao depender da quantidade consumida”, salienta.
Por isso, a nutricionista recomenda a ponderação durante o consumo, além da preferência aos chocolates sem gordura trans, com maior concentração de cacau, adoçados com adoçantes artificiais naturais, como a stévia e até mesmo, se o indivíduo preferir, produzir o próprio alimento com leite desnatado, cacau e creme de leite também desnatado.
Para quem tem sobrepeso, é diabético e para crianças menores de dois anos, a nutricionista ressalta outros cuidados, como a adição de uma dieta mais equilibrada e onde a quantidade de consumo do chocolate seja mais rigorosa e, para as crianças menores de dois anos, com base em guia alimentar do Ministério da Saúde, a introdução do chocolate e outros alimentos ultraprocessados não são recomendadas.
“O consumo é desaconselhado porque a maior frequência desse consumo está associada ao aparecimento de agravos crônicos, como diabetes, hipertensão e ganho de peso. E ainda no contexto da infância, aparecimento de cárie dentária. Então, por mais que a partir dos 2 anos a criança já possa ter contato com esses produtos, isso não deve ser estimulado, deve ficar para o consumo pontual”, reforça.
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