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Obesidade infantil

No Brasil, estima-se que a doença afete 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos


Por Anna Sales – Algo Mais Consultoria e Assessoria


A obesidade é um problema de saúde pública prevalente em todas as faixas etárias, no entanto, tem crescido de maneira expressiva na população infantil. Segundo dados do Ministério da Saúde, a estimativa é de que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e que 3,1 milhões já evoluíram para obesidade, o que pode acarretar no aparecimento precoce de outras doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes, hipertensão, entre outras.


Segundo Priscilla Alves, endocrinologista e professora da UNIT/AL, quando uma criança tem suspeita de obesidade, a primeira coisa que se deve fazer é procurar o pediatra, para que ele avalie o peso e a altura e coloque na Curva de Crescimento da OMS, pois a partir dela, é que o diagnóstico do paciente pode ser confirmado ou não.

“Com o diagnóstico confirmado, os responsáveis devem procurar um nutricionista e um endocrinologista. O nutricionista, para fazer o ajuste da dieta da criança e o endocrinologista para avaliar o perfil metabólico do paciente e se ele já pode iniciar a atividade física”, explica Priscilla.


Como buscar uma alimentação saudável para a criança?


Alyne Araújo, nutricionista e preceptora do curso de Nutrição da UNIT/AL, ressalta que os hábitos alimentares são construídos desde o período gestacional e se estendem aos primeiros anos de vida. O reflexo desse período continua por toda a vida, mas podem ser modificados. Preferencialmente, os hábitos alimentares saudáveis devem ser adotados por toda a família, já que nos primeiros anos de vida as crianças tendem a “reproduzir” aquilo que vivenciam.


Segundo a preceptora, as principais dificuldades encontradas nessa mudança de hábito alimentar é o consumo de lanches rápidos (tipo fast foods) pois são altamente palatáveis, ricos em gorduras, açúcares e sódio, além de serem práticos, o que para muitos pais torna-se uma opção mais fácil e geralmente são acompanhados de "brindes", chamando a atenção do público infantil.


“O ideal é que essas mudanças sejam feitas aos poucos, mas com constância. Que tal ao invés de pipoca de micro-ondas, fazer a tradicional pipoca caseira de milho; ao invés de hambúrguer industrializado, fazer um caseiro com carne moída e temperos naturais; ao invés de refrigerante fazer suco da fruta ou polpa. São pequenas mudanças, que incorporadas à rotina, contribuirão para melhor qualidade de vida”, orienta.


Como evitar a obesidade infantil?


Segundo a endocrinologista, as atitudes que podem ser tomadas são: Controlar o tempo de tela, tanto na televisão, quanto no celular. Isso deve ser controlado porque está diretamente relacionado com a obesidade infantil, reforça. Outra atitude simples é controlar a ingestão de carboidratos simples. “Danone, bolachas, chocolates, quanto mais tarde for ofertado para criança, melhor”, exemplifica. Por fim, a médica diz que a criança deve ter um estímulo para brincar com atividades que levem ao aumento do gasto metabólico.


Já para a nutricionista, as principais dicas são: aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes, usando formas criativas de inseri-los nas refeições, assim como reduzir o consumo de doces, guloseimas, refrigerantes, salgadinhos e frituras em geral, “pois são classificados como alimentos ultra processados, os quais devido sua composição nutricional inadequada, contribuem para o incremento de excesso de peso nesse público”, ressalta.

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